A histeroscopia é o exame do interior da cavidade uterina e do canal cervical do útero por meio de uma endoscopia ginecológica. Ela tanto serve para o diagnóstico como para intervenções cirúrgicas das patologias do interior do útero. Quase todas as mulheres toleram bem o exame, embora algumas possam sentir desconforto ou uma ligeira dor e ter sangramento ao término do exame.
Em que consiste a histeroscopia?
Para realização do exame a paciente deve ser colocada em posição ginecológica e o colo do útero ser dilatado com um aparelho apropriado. A mulher não deve estar menstruada, pois o sangue no interior da cavidade uterina impossibilita a correta visualização dela; nem deve estar grávida, em virtude do risco de abortamento, ou com infecções
genitais que poderiam espalhar o procedimento. É introduzido por
via vaginal um instrumento de ótica que varia de 1,2 a 4 milímetros de
diâmetro e que permite a visualização da vagina, do colo e do interior do útero. Trata-se de um feixe de fibra óptica que leva luz ao interior dessas estruturas, bem como um gás ou soro fisiológico, destinados a distender o útero.
O aparelho de exame porta uma microcâmera acoplada a ele, a qual leva a
imagem até um monitor de TV, permitindo a visualização da vagina, do canal cervical e do interior do útero. Até mesmo a paciente pode acompanhar seu exame em tempo real.
Uma das grandes vantagens da histeroscopia diagnóstica é a possibilidade de ser realizada em ambulatório ou consultório, muitas vezes sem o uso de qualquer tipo de anestesia. Em raros casos de pacientes muito sensíveis pode ser preferível realizar o exame sob sedação,
mas mesmo assim, depois do exame a paciente poderá retornar às suas
atividades cotidianas normais, após um curto período de repouso e
recuperação (30 a 60 minutos).
Quando se deve fazer uma histeroscopia?
A histeroscopia diagnóstica está indicada em casos de infertilidade, abortamentos habituais, sangramento uterino anormal, pólipos, miomas, aderências, espessamento do endométrio, adenocarcinoma do endométrio, etc.
Algumas intervenções cirúrgicas no útero podem também ser feitas através da videohisteroscopia, reduzindo significativamente o risco de infecção hospitalar e o tempo de recuperação da paciente.
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